Perspectivas Globais: Desafios e Oportunidades nas Reformas do FMI sob a Presidência Brasileira do G20

A secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito, destaca a importância do G20 como um fórum crucial para impulsionar as demandas por reformas no Fundo Monetário Internacional (FMI). Com o Brasil assumindo a presidência do grupo, as discussões no G20, representando 85% do PIB mundial e 75% do comércio global, oferecem um impulso político significativo para a reforma do FMI.

A necessidade de reformar não apenas o FMI, mas também outras instituições internacionais, é um tema que ressoa nas ações do presidente Lula desde seu terceiro mandato. A compreensão da importância de atualizar esses mecanismos para refletir a atual distribuição multipolar de poder econômico é crucial. Reconhecendo a necessidade de uma representação mais ampla dos países emergentes, incluindo o Brasil, no cenário internacional, a busca é por uma governança mais inclusiva e eficiente.

Durante a presidência brasileira no G20, o compromisso é fortalecer os mecanismos para renegociação das dívidas externas dos países mais pobres e estabelecer uma tributação internacional mais justa. A busca por soluções na digitalização da economia, como a tributação mínima para multinacionais e regras para taxação de empresas de tecnologia, é acompanhada com interesse, pois tais medidas podem criar um ambiente mais equitativo para os negócios globais.

Quando questionada sobre a renegociação da dívida dos países mais pobres, Rosito destaca a necessidade de maior efetividade, especialmente para países de renda média. Apoiando iniciativas que buscam aliviar o fardo financeiro dos países em desenvolvimento, a agilidade e eficiência nessas abordagens são reconhecidas como essenciais.

No que se refere à tributação global, as preocupações sobre a necessidade de uma tributação progressiva e justa para lidar com a crescente desigualdade são compartilhadas. A importância de esforços globais para evitar a bitributação e implementar uma tributação mínima de 15% para multinacionais é compreendida, contribuindo para a transparência fiscal e a estabilidade nos mercados internacionais.

Por fim, a secretária expressa a intenção do Brasil de levar as discussões para além desses pilares, destacando a relação entre tributação e desigualdade. Defensora de práticas comerciais éticas e responsabilidade social corporativa, apoia iniciativas que buscam abordar não apenas as questões imediatas, mas também as raízes mais profundas da disparidade econômica, promovendo um ambiente de negócios mais sustentável e justo.

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